sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Di Ferrero explica faixa a faixa de "Em Comum" ao Uol

Os integrantes da banda NX Zero em estúdio
O NX Zero não é mais o mesmo. Pelo menos é o que anuncia Di Ferrero, l em entrevista por telefone ao UOL na noite de terça-feira (28).

Na primeira audição, o CD mostra mais dos mesmos hits de refrãos fáceis que a banda emplaca nas FM's brasileiras. Mas, aos poucos, as faixas de "Em Comum" revelam uma produção musical mais sofisticada, com os backing vocals que lembram Kings of Leon em "Pedido" e riffs que passam perto de bandas como Foo Fighters na faixa "Hoje o Céu Abriu". 
Nas letras, Di Ferrero conta que tem estudado música brasileira da década de 80 e compositores cariocas como Cartola, uma vez que está morando no Rio com a namorada, a atriz Mariana Rios. O paulista Adoniran Barbosa e bandas como Ultraje a Rigor também estão na lista. "Acho feio não conhecer esses caras", explica.
Mas foi Chico Buarque a principal influência para uma das faixas do disco. "Amo aquela música 'Cotidiano'. Me inspirei nela para escrever 'Maré'". Questionado se a banda quer se afastar das meninas que deram o aspecto de boy band ao grupo, para conquistar fãs mais velhos, Di retruca: "Com os Beatles também foi assim".  
UOL Música: Com esse álbum, vocês querem se afastar das meninas para atrair fãs mais velhos? 
Di Ferrero: É engraçado, isso já vem acontecendo gradativamente pelo que a gente percebe. Uma galera mais velha está indo aos shows, no começo eram só meninas mesmo. Não que seja ruim, com muita gente foi assim, com os Beatles foi assim. A gente vai crescendo, os fãs querem alguma coisa nova. Depois de "Só Rezo" para cá, a gente está sendo bem recebido pela galera mais velha. Tem um público novo se identificando com as músicas.

Faz três anos desde o último álbum de inéditas e vocês dizem que estão mais maduros. Como isso aparece nesse álbum? 
Em todos os outros discos e nas outras músicas, eu precisava viver alguma coisa para escrever sobre aquilo. Nesse álbum, já existem histórias que eu inventei ou ouvi de alguém algo que me chamou a atenção. E isso é uma coisa difícil de fazer, acho que não era maduro o suficiente pra escrever e agora, depois de dez anos, eu consegui começar a fazer isso, porque não fico preso a temas e posso ir além. Esses três anos de pausa foram importantes para o meu amadurecimento, para ter novas inspirações e ver outros processos de composição.
  • Reprodução
    Ilustração do artista plástico Flávio Rossi presente na contracapa de "Em Comum", do NX Zero
Isso inclui a experiência com o Emicida, Kamau e Marcelo D2 no "Projeto Paralelo"?
Em "Projeto Paralelo", eu pude ver outros artistas gravando e ver como eles fazem as músicas. Fazer música com eles influencia muito. É como um curso, uma faculdade que você vai fazendo. Além disso, você vai ficando mais velho e vendo melhor como você pode encaixar as letras. E foi assim com esse disco inteiro. Ele é bem resolvido, bem mais simples, mais 'clean'. É muito mais difícil fazer um disco simples do que um cheio de coisa.

Vocês voltaram então a fazer o rock dos primeiros álbuns depois das versões rap? 
Na verdade, não foi uma opção, a gente não teve tempo de pensar o que fazer. O "Projeto Paralelo" foi à parte, ele foi um disco de carreira, mas não foi uma parada que a gente fez que é o nosso estilo. Foi só a nossa mistura ali. Esse é instintivo, a gente não pensou muito.

O que vocês ouviram nesse período?
Estou ouvindo muito Sandra de Sá, que eu não conhecia. Ela chamou a gente pra fazer algumas coisas e a gente ficou muito empolgado. E muitas coisas dos anos 80 também. Como sou de 1985, a minha época era mais do Rappa, do Charlie Brown, Raimundos. Eu parei para ouvir muita coisa direito, Ultraje a Rigor, Capital Inicial, Legião Urbana, Barão Vermelho. Em casa, não tenho ouvido muito rock, apesar de fazer rock. Estou indo atrás de uns compositores antigos como Adoniran Barbosa, Cartola. Acho feio não conhecer esses caras.

Como foi o processo de escolha da capa?
A gente deixou a capa pra um artista de São Paulo que gostamos muito, o Flavio Rossi. Quando saiu a prévia do álbum no iTunes, ele fez uma ilustração pra cada música, uma melhor que a outra. Ele ouviu o disco inteiro e fez essa capa, que na verdade é um quadro gigante que a gente tirou uma foto. Ele foi em alguns ensaios, captou bem a nossa energia nesse momento. Estou pensando até em tatuar uma dessas artes. 
Tem alguma dica pra quem vai ouvir "Em Comum" pela primeira vez?
Esqueça todos os álbuns do NX Zero. Só feche os olhos e ouça.
Faixa a Faixa
1. "SEM HORA PRA VOLTAR"
Essa é para ouvir no carro bem alto, é alto astral, música de rolê. Escrevi de frente pro mar. Não tem o tom sério das outras faixas do disco. É bem para cima.
2. "MARÉ"
Nessa, me inspirei em "Cotidiano", do Chico Buarque, sempre amei essa música. Surgiu de uma conversa com uns amigos meus, que não conseguiram seguir na música e hoje tem outras profissões. Ela conta duas histórias, na primeira estrofe de uma mulher e na segunda de um cara que bebe demais. A música fala sobre não deixar a maré levar, de correr atrás.
3. "LIGAÇÃO"
Ligação não passa de uma conversa de momento, que pode ser com qualquer pessoa, com namorado. Não gosto de falar que é de namorado porque algumas pessoas podem ter passado essa situação com um pai, amigo. Fala sobre um momento simples, uma história sobre uma ligação por telefone.
4. "HOJE O CÉU ABRIU"
Ela é uma música que tem bastante a dizer. Ela fala um pouco da carreira do NX, que você tem que ser guerreiro todo dia, porque se não a onda passa e te leva. Uma mensagem positiva, inspirada nas vivências da banda
5. "ESPERO UM SINAL"
Essa é tipo um xaveco romântico. É quando você troca uma ideia com um amigo. É uma conversa de bar entre homens falando sobre uma mulher.
6. "EM COMUM"
Fiz depois de ter uma briga com o Dani (baterista do NX Zero). A gente viu que pensa diferente, mas tem algo em comum, que é a banda. Eu moro no Rio, o Dani está casado (com a cantora Pitty), cada um na sua casa e a gente se junta pra fazer som, o que a gente curte mais fazer. Esse disco, essa carreira, é o que a gente tem em comum.
8. "GUERRA POR PAZ"
Uma música mais política, foi um sonho abstrato que eu tive. Pensei em uma criança que não sabe nada do mundo e fica se perguntando o porquê das coisas. Perguntando sobre essa contradição da gente fazer guerra pra procurar paz.
9."VOCÊ ME FEZ"
Essa é um poema, na verdade. São todas rimadas, queria fazer nessa meio o que o Nando Reis faz com as músicas deles. É um pouco mais complexo de fazer, de encaixar na melodia. 
10."PEDIDO"
Imaginei um pai ausente que quer se redimir. Para mim foi um desafio, imaginei essa situação, e tem que ser realmente sincero pra contar a história de outra pessoa. Tem um monte de gente que faz isso de um jeito bom. Como o Renato Russo, que criou umas histórias como "Faroeste Cabloco". Essa é o começo de alguma coisa que vai amadurecer mais ainda.
11."ESTRADA"
Essa música é sobre o que aconteceu com a gente no começo da carreira. Como se fosse a mãe falando: 'vai, segue teu caminho. Aqui é até onde consigo te ajudar. Agora é contigo
.
12."NADA MAIS É COMO ERA ANTES"
Essa é uma balada mesmo, com violão, sobre uma pessoa que não está mais com a outra. Ela é bem simples. Quando a gente fez ela pensou naquelas baladonas, feitas pelo Paralamas do Sucesso, pelo Herbert (Vianna).




Fonte:UOL

Gee fala sobre o novo disco, carreira e mais ao Cifra Club


Em um bate-papo com o Cifra Club News, Gee Rocha falou sobre os processos de concepção do novo álbum.
São três anos entre o lançamento de “Sete Chaves” e “Em Comum”. Por que ficamos tanto tempo sem material inédito do NX? 
Lançamos “Sete Chaves”, que foi bem bacana, e só trabalhamos duas músicas desse disco porque logo em seguida veio o “Projeto Paralelo”, que é um disco com músicas nossas remontadas por rappers. Depois desse trabalho, nós fizemos o “NX Zero 10 anos”, que foi ano passado. Completamos 10 anos e não tínhamos nenhum trabalho ao vivo! Ficamos esse tempo todo sem música inédita; a cabeça começa a pensar diferente e como é um tempo de três anos, parece curto, mas é o suficiente para dar um passo diferente dos outros discos. É isso que sentimos nesse novo disco: naturalmente começamos a fazer coisas diferentes dos outros álbuns. A forma de pensar sobre a composição das músicas.
O que o público pode esperar do NX na turnê de divulgação?
Vocês vão priorizar o disco novo ou mesclarão algumas músicas novas com os hits consagrados dos discos anteriores? Gee Rocha: quando for um evento só nosso, nós iremos fazer o show “Em Comum”, que já está pronto. Vai ter cenário, inclusive. Nós estamos priorizando fazer um espetáculo, pois queremos evoluir nessa questão. Quando for feira ou show de prefeitura – desses que a galera espera o ano inteiro pra curtir a festa da cidade -, não tem como deixar de tocar as músicas que se tornaram conhecidas nas rádios. E ainda tem o show “Set List”, que vai rolar durante os dias 20, 21 e 22 de setembro. Vamos fazer o show que é montado pelos fãs. A pessoa vai até o nosso site e escolhe o repertório que ela quer que a gente toque.
O Di Ferrero revelou que escreveu a maioria das letras das músicas “olhando para o mar”. A concepção dos arranjos se deu em que atmosfera? 
Vou de dar o exemplo de “Maré”, que é a música que estamos trabalhando. Eu estava passando férias na praia e teve um dia que eu estava com o violão na mão e acabou que saiu uma bossa nova. A música nasceu como uma bossa nova, ou uma lembrança de bossa nova porque eu não sou músico de bossa. Em seguida, levei o material para a banda e falei que a música era meio bossa nova, mas a partir do momento que entrasse a banda ela seria NX Zero. E foi exatamente o que aconteceu! Começamos a abrir o leque de notas, de composições… Muitas das músicas eu fiz na casa de minha mãe, pois a minha casa tá em reformas. Eu estava longe de casa, mas sempre com violão na mão. Quando chegava a madrugada, lá estava eu fazendo música. Tem também o fato de que agora estamos com 26/27 anos e acaba que surgem mais problemas, e coisas boas também, e o mundo acaba sendo visto da forma como ele realmente é. Creio que as músicas foram feitas com base no lance de você pensar mesmo no que está acontecendo hoje em dia e nas coisas que se passam. Depois de 10 anos de NX Zero, eu pensei em uma nova roupagem para a banda. Creio que aconteceu isso nesse disco e acredito que a banda toda estava com a ideia de querer somar, crescer e evoluir.
O disco começa dizendo que hoje é dia de “esquecer e acordar” e termina dizendo que “nada mais é como era antes”. Esses versos são indícios de que o NX entende que é hora de conquistar um público menos adolescente? 
Nosso público é diversificado. Tem o público mais moleque, tem o público da nossa idade, que cresceu, trabalha, faz faculdade… Mas nunca procuramos saber qual seria exatamente o nosso público. E isso (conquistar um público menos adolescente) é algo quem vem acontecendo. Com a música “Maré”, e com esse novo disco, aconteceu de várias pessoas, talvez um pouco mais velhas, começarem a gostar de NX Zero e eu creio que esse disco é um pouco mais voltado pra galera mais velha. É um disco que será mais facilmente entendido por quem tem a nossa idade. É um disco mais difícil, mas é a nossa aposta e é o que estamos vivendo hoje. Mas é muito legal o fato de que a molecada, que sempre esteve conosco, continua antenada no que estamos fazendo. Eu tenho visto ótimos comentários sobre esse disco. A galera realmente gostou e tem um pessoal um pouco mais velho, que antes não curtia, e de repente está começando a se interessar por nós e isso é bem bacana.
No disco há referências a Cazuza, Zeca Pagodinho e uma clara influência do som do Foo Fighters. Além destes baluartes, quem mais serviu de inspiração para a empreitada? 
Cada um da banda tem uma referência muito pessoal. Falando por mim, eu tenho escutado muito John Legend e também John Mayer, que lançou um ótimo disco novo. Tem um ao vivo do John Mayer que eu vejo no telão e ‘tô amarradão’ nos timbres de guitarra, no lance de cantar e no feeling! Então eu creio que esse nosso disco novo tem muito desse lance de buscar a questão do sentimento na hora de preparar os arranjos, as letras e as gravações. Não é só o lance de tocar na rádio. Antigamente nós éramos mais inocentes. Hoje em dia eu acredito que buscamos alternativas para sempre valorizar o som, valorizar uma história e isso provoca um lance muito legal entre a gente e nos proporciona um fortalecimento no conceito da banda.
Comercialmente falando, o NX sempre vai muito bem. Diante da atual situação do mercado fonográfico, qual é a receita para que “Em Comum” possa manter esta boa relação da banda com o mercado fonográfico? 
Estamos buscando alternativas. Tanto que o iTunes chegou no Brasil em dezembro do ano passado e disponibilizamos lá a primeira música, que foi “Em Comum”. Agora o disco está todo lá. Acredito que ainda demore um pouco para engrenar esse lance de vender música através da internet, mas a galera já entendeu a importância que tem para uma banda a questão das vendas de disco. A galera percebeu que não é simplesmente pela gravadora. Tem relação com o lance de a banda ter a possibilidade de fazer um trabalho mais bem acabado. Mas não é só a venda de discos: é preciso fazer bons vídeos, buscar por algo que ninguém ainda tenha feito e que gere identificação para com o público.

Fonte:Cifra Club

terça-feira, 14 de agosto de 2012

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

NX Zero no programa “Take Dois com Phineas e Ferb”




Foto: Divulgação/ Disney Channel
Neste domingo (12) as19:30h  vai ao ar a participação do Nx no programa “Take Dois com Phineas e Ferb”, do Disney Channel. Essa é a primeira versão brasileira do programa. A participação dos meninos faz parte de uma série de curtas produzida com convidados renomados da América Latina, legal né?

Foto: Divulgação/ Disney Channel

Foto: Divulgação/ Disney Channel

Então anota aí pra não perder ok?
Fonte:Capricho

sábado, 4 de agosto de 2012